quarta-feira, 24 de abril de 2013

LIVRO


Maldosas

COMO TUDO COMEÇOU

Imagine que estamos alguns anos atrás, no verão, entre o sétimo e o oitavo ano. Você está
bronzeada de tanto tomar sol à beira da piscina, está usando seu suéter da Juicy (lembra de
quando todo mundo tinha um?) e pensando em seu pretê, o garoto que estuda naquela escola
cujo nome nós não mencionamos e que trabalha na Abercrombie do shopping.Você está
comendo seu cereal matinal favorito, Cocoa Krispies, do jeitinho que mais gosta — mergulhado
no leite desnatado — e vê a cara dessa garota na lateral da caixa de leite. DESAPARECIDA.
Ela é bonitinha — provavelmente mais que você — e tem um ar briguento. Daí você pensa
"Hum, talvez ela também goste de Cocoa Krispies empapado". E pode apostar que ela também
acha o menino da Abercrombie bem lindo.Você se pergunta como alguém tão... hum, tão
parecida com você, desapareceu. Você achava que só as meninas que participam de concursos
de beleza acabassem na lateral de caixas de leite.
Bem, pense melhor.
Aria Montgomery afundou seu rosto no gramado da casa de sua amiga, Alison DiLaurentis.
— Delicioso — murmurou ela.
—Você está cheirando a grama? — perguntou Emily Fields, por trás dela, batendo a
porta do Volvo de sua mãe para fechá-la, com um dos braços longos e sardentos.
— É um cheiro bom. — Aria jogou o cabelo cheio de mechas cor-de-rosa para trás e
respirou o ar morno do fim de tarde. — Cheiro de verão.
Emily deu tchauzinho para a mãe e ajeitou os jeans horrorosos que usava pendurados
em seus quadris estreitos. Emily era da equipe de natação desde a Liga Infantil e, apesar de ficar
incrível de maiô, jamais poderia vestir nada justo demais, nem remotamente bonito, como as
outras meninas do sétimo ano. Isso porque os pais de Emily insistiam que a beleza vinha de
dentro para fora (embora Emily tivesse certeza de que ser obrigada a esconder uma camiseta
baby look que diz GAROTAS IRLANDESAS FAZEM TUDO MELHOR no fundo de sua gaveta
de calcinhas não era algo que ajudasse alguém a construir o caráter).
— Ei, meninas. —Alison deu uma pirueta no jardim. Naquela tarde, seu cabelo estava
preso num rabo de cavalo desleixado e ela ainda usava sua saia xadrez da festa de final de ano
da equipe enrolada na cintura para parecer mais curta. Alison era a única menina do sétimo ano
que conseguira entrar para o time da escola. Pegava carona para casa com as meninas mais
velhas do Colégio Rosewood Day que ouviam o rapper Jay-Z em suas Cherokees o mais alto
possível e espirravam perfume nela antes que descesse do carro para que ela não chegasse em
casa cheirando a cigarros, o que revelaria que todas haviam fumado.
— O que eu estou perdendo? — perguntou Spencer Hastings, aparecendo por um
buraco da cerca viva para se juntar às outras. Spencer morava na casa ao lado. Ela jogou seu
longo cabelo num rabo de cavalo louro escuro e deu um gole em sua garrafa esportiva roxa.
Spencer não havia ido para o time principal com Ali no outono, então tinha que jogar com as
meninas do sétimo ano. Ela passara um ano se esforçando como louca no campo de hóquei, para
aperfeiçoar suas manobras, e as meninas sabiam que ela havia praticado dribles no quintal antes
de elas chegarem. Spencer odiava que alguém fosse melhor que ela em qualquer coisa.
Especialmente se esse alguém fosse Alison.
— Esperem por mim!
Elas se viraram a tempo de ver Hanna Marin saindo da Mercedes de sua mãe. Ela
tropeçou na própria mochila de livros e acenou toda animada com seus braços gorduchos. Desde
que os pais de Hanna se divorciaram, no ano anterior, ela vinha aumentando de peso
gradativamente, o que fazia com que suas roupas ficassem cada vez menores. E, embora Ali tenha revirado os olhos nessa hora, o restante das meninas fingiu que não percebeu. É isso que
as boas amigas fazem.
Alison, Aria, Spencer, Emily e Hanna haviam se conhecido no ano anterior quando seus
pais as inscreveram para trabalhar aos sábados à tarde nos projetos de caridade do Colégio
Rosewood Day — todas, menos Spencer, que foi trabalhar lá porque quis. Mesmo que Alison
não soubesse nada sobre as outras quatro, todas elas a conheciam. Ela era perfeita. Linda,
espirituosa, inteligente. Popular. Os meninos queriam beijar Alison e as meninas — mesmo as
mais velhas — queriam ser ela. Então, na primeira vez em que Ali riu de uma das brincadeiras
de Aria, fez uma pergunta sobre natação para Emily, disse a Hanna que sua camiseta era
adorável ou comentou que a caligrafia de Spencer era muito mais bonita que a dela, elas não
puderam evitar e ficaram, bem... deslumbradas. Antes de Ali, as garotas se sentiam como as
calças jeans de cintura alta e pregas de suas mães — estranhas e notadas pelas razões erradas.
Mas, depois, Ali fez com que se sentissem como as roupas esportivas mais perfeitas do mundo,
feitas pela Stella McCartney — aquelas que são tão caras que ninguém pode comprar.
Então, mais de um ano depois, no último dia do sétimo ano, elas não eram apenas as
melhores amigas do mundo, eram as meninas do Rosewood Day. Muita coisa acontecera para
que fosse assim. Todas as vezes em que dormiram nas casas umas das outras, todas as viagens
para o campo tinham sido uma nova aventura.Até mesmo quando se reuniam na sala de estudos
para, teoricamente, fazer o dever de casa, sempre acontecia algo memorável (ler a carta melosa
do capitão do time do colégio para sua professora particular de matemática no sistema de altofalantes da escola havia se tornado um clássico). Mas havia outras coisas que todas elas queriam
esquecer. E havia um segredo em especial, sobre o qual elas não queriam nem falar a respeito.
Ali dizia que eram os segredos que mantinham as cinco unidas como melhores amigas por toda
a eternidade. E isso era verdade. Elas seriam amigas para sempre.
— Estou tão feliz que este dia acabou — gemeu Alison, depois de empurrar Spencer
com delicadeza de volta pelo buraco da cerca viva. — Vamos para a sua casa de hóspedes.
— Estou tão feliz que o sétimo ano acabou — disse Aria, e então ela, Emily e Hanna
seguiram Alison e Spencer até o galpão recém-reformado, onde a irmã mais velha de Spencer,
Melissa, havia morado durante todo o ensino médio. Por sorte, ela tinha acabado de se formar e
viajado para passar o verão em Praga, então o lugar era todo delas naquela noite.
De repente, elas ouviram um guincho:
— Alison! Ei,Alison! Ei, Spencer! — Alison se virou para olhar em direção à rua.
— Isso não — sussurrou ela.
— Isso não — Spencer, Emily e Aria repetiram.
Hanna fez cara feia.
— Droga.
"Isso não" era o jogo que Ali havia roubado do irmão dela, Jason, veterano em
Rosewood Day.Jason e seus amigos jogavam nas festas da escola, enquanto avaliavam as
garotas. Ser o último a dizer "isso não" queria dizer que você ia ter que ficar a noite toda com a
menina mais feia, enquanto seus amigos ficavam com as bonitas, e quem ficasse com a feiosa
era, na verdade, tão tonto e feio quanto ela. Na versão de Ali, as meninas diziam "isso não" toda
vez que alguém feio, careta ou pobre chegasse perto delas.
Desta vez o "isso não" era para Mona Vanderwaal — uma imbecil cujo passatempo era
tentar ficar amiga de Spencer e Alison — e suas duas amigas esquisitas, Chassey Bledsoe e Phi
Templeton. Chassey era a garota que havia hackeado os computadores da escola e depois
ensinado ao diretor como aumentar a segurança deles; e Phi Templeton ia a todos os lugares
com um ioiô — não é preciso dizer mais nada. As três encararam as garotas do meio da rua
quieta e suburbana. Mona estava montada em sua scooter, Chassey estava em uma mountain
bike preta e Phi estava a pé — com seu ioiô, claro.
— Vocês aí, querem vir com a gente e assistir Fear Factor? — perguntou Mona.
— Desculpe — Alison disse, com candura. — Estamos meio ocupadas.
Chassey franziu a testa.
— Vocês não querem ver os caras comendo os besouros?
— Que nojo! — Spencer sussurrou para Aria, que então começou a fingir que comia
piolhos invisíveis da cabeça de Hanna, como um macaco.— Ah é, bem que a gente queria. — Alison tombou a cabeça. — Faz um tempo que a
gente vem planejando passar a noite juntas. Mas quem sabe da próxima vez?
Mona olhou para a calçada:
— Tá, tudo bem.
— A gente se vê. — Alison deu meia-volta, revirando os olhos, e as outras garotas
fizeram a mesma coisa.
Elas passaram pelo portão dos fundos da casa de Spencer. À esquerda delas, estava o
quintal de Ali, onde os pais dela estavam construindo um gazebo capaz de abrigar vinte pessoas
para aqueles seus piqueniques metidos a besta.
— Graças a Deus, os pedreiros não estão aqui. — Ali deu uma olhada numa
empilhadeira amarela.
Emily mudou o tom de voz:
— Eles andaram dizendo gracinhas para você de novo?
— Calma aí, delegada — disse Alison. As outras deram risadinhas. Algumas vezes, elas
a chamavam de Emily Delegada, porque ela virava um pitbull para defender Ali. Emily
costumava achar graça naquilo também, mas ultimamente não ria mais com elas.
O ex-celeiro estava logo à frente. Era pequeno e aconchegante e tinha uma janela
grande, que dava para os grandes espaços livres da propriedade, que possuía seu próprio
moinho. Em Rosewood, na Pensilvânia, um subúrbio pequeno que fica a mais ou menos trinta
quilômetros da Filadélfia, é mais provável que se viva numa casa de fazenda com vinte e cinco
quartos, com piscinas azulejadas em mosaico e hidromassagem do que em uma casa pré-
fabricada. Rosewood cheirava a lilases, a feno, a neve fresca e a lenha queimada no inverno. A
região estava cheia de pinheiros altos, quilômetros e mais quilômetros de fazendas familiares
bem rústicas, e raposas e coelhos bem fofinhos. Havia um shopping, propriedades em estilo
colonial e uma porção de áreas ao ar livre, perfeitas para comemorar aniversários, formaturas e
para festas que gostamos de dar sem motivo algum. E os meninos de Rosewood eram lindos e
chegavam a brilhar de tão saudáveis. Pareciam todos saídos de um comercial de cuecas, de
perfume ou de um catálogo esportivo da Abercrombie. Aquela era a nata da Filadélfia .Várias
famílias ricas e tradicionais, com dinheiro antigo e escândalos mais antigos ainda.
Conforme as garotas se aproximavam da casa de hóspedes, ouviram risinhos vindos de
lá.
Alguém guinchou:
— Eu já disse para você parar!
— Ah, meu Deus — Spencer gemeu. — O que é que ela está fazendo aqui?
Quando espiou pelo buraco da fechadura, Spencer viu Melissa, sua irmã mais velha, o
orgulho e a alegria de seus pais, a filha perfeita, no sofá dando uns amassos em Ian Thomas, seu
namorado gostosão. Spencer meteu o pé na porta e a forçou a abrir. A casa de hóspedes cheirava
a musgo e a pipoca recém-estourada.
Melissa se virou.
— Que droga... — ela disse. Então, notou as outras e sorriu. — Ah, oi, meninas.
As meninas deram uma olhada em Spencer. Ela sempre reclamava que Melissa era uma
cobra venenosa, então, ficavam sempre alerta quando Melissa parecia gentil e doce.
Ian se levantou, espreguiçou-se e deu um sorriso forçado para Spencer.
— Ei — disse ele.
— Oi, Ian — Spencer respondeu numa voz muito mais alegre. — Eu não sabia que você
estava aqui.
— Sim, você sabia — Ian sorriu, como se estivesse paquerando. — Você estava nos
espionando.
Melissa arrumou seu cabelo loiro comprido e a faixa de seda preta na cabeça, encarando
a irmã.
— E aí, quais as novidades? — perguntou ela, um pouco acusadoramente.
— É só... eu não queria me intrometer... — Spencer cuspiu as palavras. — Mas era para
nós ficarmos aqui essa noite.
Ian bateu no braço de Spencer, brincando com ela.
— Eu só estava implicando com você — provocou ele. Uma mancha vermelha subiu pelo pescoço dela. Ian tinha cabelo loiro, que estava
sempre desarrumado, olhos cor de avelã, com um olhar sonolento, e os músculos do abdome
realmente valiam um aperto.
— Uau — falou Ali, numa voz alta demais. Todas as cabeças se voltaram para ela. —
Melissa, você e Ian formam um casal perfeito. Eu nunca falei, mas sempre pensei isso.Você não
concorda, Spencer?
Spencer piscou.
— Hum — disse ela, baixinho.
Melissa encarou Ali por um segundo, confusa, e então se virou para Ian.
— Posso falar com você lá fora?
Ian engoliu sua cerveja Corona, enquanto as meninas assistiam. Eles bebiam
secretamente das garrafas dos armários de bebidas de seus pais. Ele jogou fora a garrafa vazia e
deu a elas um sorriso irônico, enquanto seguia Melissa para fora.
— Adieu, senhoras. — Ian deu uma piscada antes de fechar a porta atrás dele.
Alison fez um gesto como que tirando pó das mãos.
— Outro problema resolvido por Ali D. Você vai me agradecer agora, Spencer?
Spencer não respondeu. Ela estava muito ocupada olhando a janela da frente do celeiro
Vaga-lumes começavam a iluminar O céu, que estava ficando púrpura.
Hanna andou até a tigela de pipoca abandonada e pegou um punhado grande.
— Ian é tão gostoso. Ele é até mais gostoso que o Sean. — Sean Ackard era um dos
caras mais bonitos do ano delas, e tema das constantes fantasias de Hanna.
— Você sabe o que eu ouvi? — perguntou Ali, se jogando pesadamente no sofá. — Que
na verdade Sean gosta de garotas que têm um bom apetite.
Hanna se animou.
— Verdade?
— Não — Alison bufou.
Hanna jogou o punhado de pipoca de volta na tigela, bem devagar.
— Então, garotas — falou Ali. — Eu sei de uma coisa perfeita que nós podemos fazer.
— Eu espero que a gente não vá correr pelada de novo por aí. — Emily deu risadinhas.
Elas tinham feito aquilo um mês antes — num frio de rachar — e, embora Hanna tenha
se recusado a tirar a camiseta e a calcinha que tinha um dos dias da semana bordado, o restante
delas havia atravessado correndo um árido milharal sem absolutamente nenhuma peça de roupa.
— Você gostou bastante daquilo — murmurou Ali. O sorriso se apagou dos lábios de
Emily. — Mas não, eu estava deixando isso para o último dia de aula. Eu aprendi como
hipnotizar as pessoas.
— Hipnotizar — repetiu Spencer.
— A irmã do Matt me ensinou. — Ali olhou as fotos de Melissa e Ian em porta-retratos
em cima da lareira. Seu namorado da semana, Matt, tinha o mesmo cabelo cor de areia de Ian.
— Como se faz? — perguntou Hanna.
— Desculpe, mas ela me fez jurar guardar segredo. — Ali se virou para ficar de frente
para as meninas. —Vocês querem ver se funciona?
Aria franziu a testa, pegando um lugar numa almofada cor de lavanda que estava no
chão.
— Eu não sei...
— Por que não? — Os olhos de Ali passaram rapidamente por um porquinho de pelúcia
que pendia da bolsona de tricô púrpura de Aria. Ela estava sempre carregando coisas estranhas
para todo o lado: animais de pelúcia, páginas sem sentido arrancadas de velhos romances,
cartões-postais de lugares que ela nunca tinha visitado.
— A hipnose não faz você dizer coisas que não quer? — perguntou Aria.
— Existe alguma coisa que você não queira contar para a gente? — retrucou Ali. — E
por que você ainda traz esse porquinho para tudo quanto é lugar? — Ela apontou para o
bichinho.
Aria sacudiu os ombros e puxou o porquinho de pelúcia para fora da bolsa.
— Meu pai comprou Pigtunia na Alemanha para mim. Ela me dá conselhos sobre a
minha vida amorosa. — Aria enfiou a mão dentro do boneco.— Você está enfiando sua mão pelo traseiro dele — Ali gritou e Emily começou a dar
risadinhas. — Além disso, por que você quer carregar por aí algo que o seu pai lhe deu?
— Não é engraçado.—Aria virou a cabeça rapidamente para encarar Emily.
Todas ficaram quietas por alguns segundos, e as meninas se encararam sem expressar
nenhuma reação. Isso vinha acontecendo muito nos últimos tempos: alguém — normalmente
Ali —mencionava algo, e outra pessoa ficava triste, mas todas eram tímidas demais para
perguntar o que raios estava acontecendo.
Spencer quebrou o silêncio.
— Ser hipnotizado? Hum... soa engraçado.
— Você não sabe nada sobre isso — Alison foi logo dizendo. —Vamos lá, eu poderia
fazer com vocês todas de uma vez.
Spencer puxou o cós da saia. Emily soprou o ar através dos dentes.Aria e Hanna
trocaram um olhar.Ali sempre vinha com uma novidade — no verão anterior, foi fumar
sementes de dentes-de-leão para ver se eram alucinógenas, e, no último outono, tinham ido
nadar no lago Pecks, apesar de terem achado um corpo lá uma vez — mas a verdade era que
elas, muitas vezes, não queriam fazer as coisas a que Alison as obrigava. To das amavam Ali,
mas algumas vezes também tinham ódio dela — por controlá-las de todas as formas em nome
do feitiço que tinha espalhado sobre elas. Às vezes, na presença de Ali, não se sentiam
exatamente verdadeiras. Elas meio que se sentiam como bonecas, com Ali controlando cada
movimento que faziam. Cada uma delas já desejara, pelo menos uma vez, ter coragem de dizer
não a Ali.
— Por favoooooooooooooor? — perguntou Ali, irritada. — Emily, você quer fazer isso,
certo?
— Hum... — a voz de Emily tremeu. — Bem...
— Eu farei — intrometeu-se Hanna.
— Eu também — disse Emily, rapidamente.
Spencer e Aria concordaram com a cabeça, de má vontade. Satisfeita, Alison apagou
todas as luzes, com um movimento, e acendeu várias velas com perfume de baunilha, na
mesinha de centro. Então, se afastou das meninas e sussurrou.
— Certo, pessoal, apenas relaxem — ela cantarolou, e as meninas se arrumaram num
círculo sobre o tapete. — Seus batimentos cardíacos estão mais lentos. Tenham pensamentos
calmos. Eu vou contar de trás para a frente a partir de cem e, assim que eu tocar cada uma,
vocês estarão sob meu poder.
— Assustador — riu Emily, se sacudindo.
Alison começou.
— Cem... noventa e nove... noventa e oito...
Vinte e dois...
Onze..
Cinco..
Quatro..
Três...
Ela tocou a testa de Aria com a parte mais carnuda do polegar. Spencer descruzou as
pernas. Aria moveu o pé esquerdo.
— Dois... — Ela tocou Hanna vagarosamente, depois Emily, e então caminhou em
direção a Spencer. — Um.
Os olhos de Spencer se abriram de repente, antes que Alison pudesse alcançá-la. Ela
ficou em pé, num pulo, e correu para a janela.
— O que está fazendo? — sussurrou Ali. —Você está estragando o clima.
— Está muito escuro aqui. — Spencer alcançou a janela e abriu as cortinas.
— Não. —Alison relaxou os ombros. —Tem que estar escuro, é assim que funciona.
— Ah, vamos lá, não é assim. — A cortina prendeu e Spencer deu um gemido junto
com o puxão para soltá-la.
— Não. É assim.
Spencer colocou as mãos nos quadris.
— Eu quero que fique mais claro. Talvez todo mundo queira. Alison olhou para as outras. Elas ainda tinham os olhos fechados.
Spencer não ia desistir.
— Não tem sempre que ser como você quer, sabe, Ali?
Alison soltou uma risada aguda.
— Feche as cortinas!
Spencer revirou os olhos.
— Por Deus, tome um calmante.
— Você acha que eu deveria tomar um calmante? — perguntou Alison.
Spencer e Alison se encararam por alguns momentos. Era uma daquelas brigas ridículas
que podia ser sobre quem viu primeiro o novo vestido polo da Lacoste na Neiman Marcus, ou se
as luzes cor de mel no cabelo de alguma menina eram ousadas demais, mas, na verdade, a briga
tinha a ver mesmo com outra coisa. Algo muito maior.
Finalmente, Spencer apontou para a porta.
— Saia.
— Está bem. — Alison caminhou para fora.
— Que bom! — Mas, depois de alguns segundos, Spencer foi atrás dela. O ar da noite
azulada estava parado, e ainda não havia nenhuma luz acesa na casa principal. Tudo estava
quieto demais, até mesmo os grilos estavam calados, e Spencer podia ouvir a própria respiração.
— Espere um segundo! — gritou ela, depois de um momento, batendo a porta atrás
dela. — Alison!
Mas Alison havia partido.
Quando ouviu a porta bater, Aria abriu os olhos.
— Ali? — chamou ela. — Meninas? — não houve reposta.
Aria olhou ao redor. Hanna e Emily estavam jogadas no carpete, e a porta estava aberta.
Aria foi até a varanda. Não havia ninguém lá. Ela andou na ponta dos pés até os limites da propriedade de Ali. Os bosques se espalhavam à frente, e tudo estava silencioso.
— Ali? — murmurou. Nada. — Spencer?
Do lado de dentro, Hanna e Emily esfregavam os olhos.
— Eu tive o sonho mais estranho da minha vida — declarou Emily. — Quer dizer, acho
que foi um sonho. Foi muito rápido. Alison caiu num poço muito fundo, e tinha umas plantas
gigantes.
— Eu também tive esse sonho! — disse Hanna.
— Sério? — perguntou Emily.
Hanna fez que sim com a cabeça.
— Bem, mais ou menos. Havia uma planta gigante nele. E acho que vi Alison também.
Podia ser sua sombra... mas, definitivamente, era ela.
— Uau! — sussurrou Emily. Elas se encararam com os olhos arregalados.
— Meninas? — Aria voltara. Estava muito pálida.
—Você está bem? — quis saber Emily.
— Onde está Alison? — Aria franziu a testa. — E Spencer?
— Não sabemos — respondeu Hanna.
Bem nesse momento, Spencer abriu a porta com violência e entrou de volta na casa.
Todas as meninas deram um pulo.
— O que foi? — perguntou ela.
— Onde está Ali? — sussurrou Hanna.
— Eu não sei. — Spencer murmurou de volta. — Pensei... Eu não sei.
As meninas ficaram em silêncio. Tudo o que podiam ouvir eram os galhos das árvores
se movendo além das janelas. Parecia o som de alguém raspando unhas longas contra um prato.
— Acho que quero ir para casa — falou Emily.
Na manhã seguinte, elas não tinham nenhuma notícia de Alison. As garotas se telefonaram para
conversar, uma conversa a quatro desta vez, em vez de cinco.— Você acha que ela está brava com a gente? — perguntou Hanna. — Ela estava
estranha a noite toda.
— Provavelmente está na casa da Katy — cogitou Spencer. Katy era uma das amigas
de Ali, do time de hóquei sobre a grama.
— Ou talvez ela esteja com Tiffany... aquela garota do acampamento — propôs Aria.
— Eu tenho certeza de que ela está em algum lugar se divertindo — disse Emily,
calmamente.
Uma a uma, as meninas receberam ligações da sra. DiLaurentis, perguntando se tinham
notícias de Ali. No começo, todas as meninas deram cobertura a ela. Era uma regra delas:
tinham dado cobertura a Emily quando ela perdeu a hora num fim de semana e não voltou para
casa às onze da noite; tinham acobertado Spencer quando ela pegou emprestado o casaco Ralph
Lauren da Melissa e depois o esqueceu, acidentalmente, no banco do trem; e assim por diante.
Mas quando cada uma desligava depois de falar com a sra. DiLaurentis, um sentimento amargo
crescia em seu estômago. Alguma coisa parecia terrivelmente errada.
Naquela tarde, a sra. DiLaurentis ligou novamente, desta vez em pânico. À noite, os
DiLaurentis chamaram a polícia, e na manhã seguinte, havia carros de polícia e vans das
equipes da imprensa acampados no normalmente imaculado jardim dos DiLaurentis. Era o
sonho de qualquer noticiário local: uma garota rica e bonita, perdida numa das cidades de classe
alta mais seguras do país.
Hanna telefonou para Emily, depois de assistir às primeiras notícias sobre Ali.
— A polícia entrevistou você hoje?
— Sim — sussurrou Emily.
— Eu também dei entrevista.Você não falou a eles sobre...— Ela fez uma pausa. —
Sobre A Parada da Jenna, falou?
— Não! — ofegou Emily. — Por quê? Você acha que eles sabem de alguma coisa?
— Eu... eles não poderiam! — sussurrou Hanna, depois de um segundo. — Nós somos
as únicas que sabemos. Nós quatro e... Alison.
A polícia interrogou as meninas, assim como praticamente todo mundo de Rosewood,
do instrutor de ginástica de Ali no segundo ano ao cara que uma vez vendeu Marlboros a ela no
Wawa. Era o verão antes do oitavo ano, e as meninas deveriam estar paquerando garotos mais
velhos em festas à beira da piscina, comendo espiga de milho nos quintais umas das outras e fazendo compras o dia inteiro no Shopping Center King James. Em vez disso, estavam chorando
sozinhas em suas camas de dossel, ou olhando para o nada, encarando as paredes cobertas de
fotos. Spencer entrou numa de arrumar o quarto, revendo sobre o que realmente havia sido sua
briga com Ali e pensando no que poderia saber a respeito dela que nenhuma das outras sabia.
Hanna passou horas no chão do quarto, escondendo pacotes de Cheetos vazios embaixo do
colchão. Emily não conseguia parar de pensar numa carta que havia mandado a Ali antes de ela
desaparecer. Será que Ali recebeu? Aria sentou-se em sua escrivaninha com Pigtunia.
Lentamente, as meninas começaram a telefonar umas para as outras com menos frequência. O
mesmo pensamento assombrava as quatro, mas não havia nada mais a ser dito entre elas.
O verão acabou, e veio outro ano escolar, que foi seguido pelo começo de outro verão.
E nada de Ali. A polícia continuou com as buscas, mas sem alarde. A mídia perdeu o interesse e
se voltou para a obsessão que rondava um triplo homicídio ocorrido no centro da cidade. Até
mesmo os DiLaurentis se mudaram de Rosewood, mais ou menos dois anos e meio depois que
Alison desapareceu. No que diz respeito a Spencer, Aria, Emily e Hanna, algo nelas também
mudou. Agora, se elas passavam pela velha rua de Ali e davam uma olhada para a casa dela, não
entravam mais no modo "choro instantâneo". Em vez disso, começaram a sentir algo mais.
Alívio.
Claro, Alison era Alison. Ela era o ombro onde chorar as mágoas, a única que você
gostaria de ver ligando para o seu pretê para saber como ele se sentia sobre você, assim como
também era dela a palavra final sobre se o seu novo jeans fazia sua bunda parecer maior. Mas as
meninas também tinham medo dela. Ali sabia mais sobre elas do que qualquer outra pessoa, incluindo as coisas ruins que queriam enterrar — como um corpo. Era horrível pensar que Ali
podia estar morta, mas... se estava, pelo menos seus segredos estariam seguros.
E estavam. Pelo menos, por três anos.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

-Aria traidora


CALMA GENTE. Antes que vocês fiquem desesperados leiam as provas que nos buscamos nos episódios de Pretty Little Liars, se a Aria não virar sua primeira suspeita de estar envolvida com -A pelo menos uma pulguinha atrás da orelha você terá depois de ver tudo isso!

# Aria, a menos afetada     
Antes de mostrar fotos vamos dar um remember na história da Aria nas duas primeiras temporadas.
Os dois principais segredos de Aria (e os únicos também) é a traição do pai com a aluna e o namoro com o professor gatão.O Primeiro segredo foi revelado por -A para Ella através de uma carta,ok destruiu a família Montgomery,mas alguém se lembra que naquele dia Aria foi para casa decidida a contar a verdade para a mãe? Então -A contar ou não, daria na mesma ?
O Segundo segredo tentou ser revelado com os convites enviados para Ella Montgomery pela Hanna que estava obedecendo ordens de -A. Mas Hanna claramente não iria mandar o convite ou daria um jeito de Ella não ir, ela com certeza negaria prejudicar a amiga, tanto que depois foi confessar a verdade para Aria.

Quando as Liars recebem "missões" através das bonecas aterrorizantes,-A obriga Aria a ir comprar briga com Jackie (a ex do Mr Fitz delicioso) e mandar ela cair fora. Conveniente né? Enquanto isso a Emily, por exemplo, quase morreu.


Da segunda vez que -A tentou entregar a verdade para os pais de Aria através de outra carta que dizia onde a garota estaria naquela noite,de última hora ele desistiu de ir ao restaurante vegetariano com Ezra e pela segunda vez salvou seu romance com o professor.

Todo mundo se lembra da roupa vermelha de Vivian?As liars retiraram na lavanderia e esta ficou no porta malas do carro da Spencer, porém em Brookehaven Aria sente frio e veste o sobretudo vermelho, até aí tudo bem. Mas alguém com uma roupa (que aparenta ser um sobretudo também) em um tom vermelho muito semelhante ao de Vivian visitou Mona no hospício, na última cena do Season Finale.



Antes do Season Finale Marlene King divulgou um spoiler dizendo que um possível suspeito estaria com uma roupa inspirada em Black Swan . A primeira coisa que nos vem na cabeça quando lemos "Cisne Negro" é uma roupa preta, certo? Mas observando bem, a verdadeira fantasia de Black Swan é a da Aria.Foi falha no figurino será? 


A fim de bolar uma mentira para mãe de Hanna (que acaba encontrando a ficha policial da filha com uma ameaça assinada por -A ) Mona pergunta para as liars quem é a melhor em mentir para pessoas próximas, as três Liars (Emily, Hanna e Spencer) são curta e grossas dizendo "Her" e pontando para Aria.

A imagem fala por si, como assim a Mona (que foi revelada como verdadeira -A) chama assim, "sem querer" a Aria de Big -AAh, foi só um errinho de percurso... Acontece que -A é o centro das atenções, não pode ser escrito assim de graça no meio do script, concordam?


No episódio 25x02 mostra alguém misterioso (como se estivesse mandando uma mensagem),logo em seguida Aria olha para o celular e começa a procurar alguém indo para um lugar isolado enquanto é revelado que a pessoa misteriosa seria Jenna,será que á alguma ligação entre as duas?  

Alguém ai já percebeu que no episódio do Season Finale aquela "boneca" representando a Aria apareceu com a mesma roupa que Mona está vestida quando se revela como -A?


E uma das mais confiáveis pistas foi Duncan.Aria é procurada pelo suposto affair de Vivian DarkBloom que acaba comentando que Alison já havia lhe contado sobre as liars,entregando que seria Aria que ficava com os "Diários". Quando Spencer vai ao Covil de -A,ela encontra os diários da Alison.Se esses diários estavam com Aria, o que eles estavam fazendo no Covil de -A? Pra não ficarem dúvidas  com duvidas confiram o vídeo as seguir: 


Sem contar que Marlene King revelou que uma das liars fez algo com -A que ninguém sabe, seria um pacto? A Liar seria a Aria?Da pra suspeitar legal né? 
Se tiverem mais pistas, contra ou a favor da Aria comente nos comentários para nós. 

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Sobre Alison e sua irmã gêmea

O que devemos saber sobre Alison e sua irmã gêmea


O que uma garota aparentemente inofensiva, reconhecida por sua beleza, popularidade, liderança e uma presença capaz de ofuscar qualquer um a sua volta, poderia desejar além de tudo o que a vida já tinha lhe dado de melhor? 

Com longos e encaracolados cabelos loiro-mel, olhos azuis, pele perfeita e um indefectível rosto em formato de coração, Alison DiLaurentis não precisava de mais nada para ter a vida que todos pediram a Deus. Sempre escoltada por duas fiéis seguidoras e com todos os meninos mais lindos e populares rastejando aos seus pés, ela não precisava mover uma palha para ter qualquer coisa que quisesse em Rosewood.




Sua vida era perfeita, sua família era rica e Rosewood Day só não estendia um tapete vermelho para ela porque ninguém pensara nisso. Quem é que não queria estar no seu lugar? Muitos, ou quase todos, desejavam isso em segredo; poucos tinham coragem de assumir e uma única pessoa foi corajosa o suficiente para não medir esforços para ocupar seu lugar. E graças a essa pessoa teve início uma tumultuada e tenebrosa série de acontecimentos que tornariam Alison DiLaurentis uma pessoa única, marcando, eterna e definitivamente, a vida de todos a sua volta. 

Temos muito o que falar de Alison e para que tudo fique bem claro temos que falar de sua irmã gêmea, Courtney, a verdadeira responsável pelo fuzuê que revirou Rosewood e a vida de Hanna, Aria, Spencer e Emily pelo avesso. Depois de tudo o que foi publicado nas duas partes da seção e nas resenhas dos livros, vamos abordar, na ordem cronológica, tudo o que diz respeito a Alison, Courtney e os DiLaurentis.



Quem são os DiLaurentis: são cinco os membros da família. Jessica é a mãe e Kenneth, o pai. Jason é o filho mais velho e irmão das gêmeas Alison e Courtney. As irmãs usavam, cada uma delas, um anel com a inicial de seus nomes (A&C) para que fossem diferenciadas, tamanha era a semelhança entre elas. No livro #7, ficamos sabendo que Peter Hastings é o pai biológico das gêmeas, o que faz de Spencer e Melissa meia irmãs de Jason e das gêmeas. Peter e Jessica se conheceram na época da faculdade e mantiveram um caso que resultou na gravidez de Jessica. Nenhuma das famílias sabia a verdade até -A revelar tudo para Spencer.

Quando os DiLaurentis chegaram em Rosewood?

Desde sempre Courtney causava problemas. Apesar de serem gêmeas idênticas, Courtney era obcecada por Alison. Ela tinha sérios problemas mentais e constantemente imitava a irmã e dizia que era Alison. O estopim para que seus pais a internassem foi quando ela tentou afogar Ali na piscina de sua casa. Os DiLaurentis a internaram no sanatório Radley e se mudaram para Rosewood, a fim de levar uma vida pacífica e normal. A existência de Courtney era segredo absoluto, apesar dela fazer visitas frequentes a família. Nessa época, Ali estava na terceira série.

Como era Alison em Rosewood Day?


Ali reinava absoluta no colégio com suas duas fiéis amigas e seguidoras Naomi e Riley. As três decretavam a moda, quem era popular, quem deveria ser convidado para as festas, quem era perdedor ou qualquer outra coisa que dissesse respeito a ser alguém. Todas as meninas queriam ser Ali e todos os meninos queriam ficar com ela. Mas quem ganhou o coração de Ali foi Ian, sua paixão secreta. 

Apesar de estudar na mesma escola das Liars e morar próxima a elas, Ali nunca havia trocado uma só palavra com alguma delas. Quando foi anunciada a gincana da Cápsula do Tempo, Ali falou, para quem quisesse ouvir, que ela já sabia onde estava um dos pedaços da bandeira. As quatro meninas planejaram, individualmente, roubar o pedaço da bandeira de Ali, o que era permito nas regras do jogo da Cápsula.

As Liars viram na oportunidade de roubar o pedaço da bandeira uma maneira de mostrar a Ali que ela não podia ter tudo. Elas sabiam que, caso falhassem, seriam motivo de piada; mas caso fossem bem sucedidas, nem que fosse por um dia, seriam elas o assunto principal do colégio, ainda mais por terem roubado a bandeira que estava com Ali.

A troca das gêmeas:

O início da caça aos pedaços da bandeira da Cápsula coincidiu com a época em que o sanatório Radley fechava suas portas. Os DiLaurentis iriam transferir Courtney para uma outra clínica, chamada Preserve. No final de semana antes da transferência, Courtney estava na casa da família em Rosewood pronta para por em prática seu audacioso e maquiavélico plano de troca de lugar com Ali. 

Aproveitando-se de um momento de distração da irmã, Courtney conseguiu pegar o anel com a letra A e isso foi o suficiente para mandar Ali para a clínica no seu lugar. A verdadeira Alison implorava para os pais acreditarem que ela não era louca e que ela era Alison, mas como esse era o comportamento de Courtney, os DiLaurentis não deram ouvidos e caíram facilmente na armação de Courtney. 

Enquanto os pais se preparavam para levar a irmã supostamente louca para a clínica, as quatro Liars chegavam no quintal da casa deles para roubarem o pedaço da bandeira. As meninas ouviram gritos e a voz de Ali e Jason ecoarem de dentro da casa e logo se depararam com Ali na varanda. Na verdade, quem estava lá era Courtney, finalizando seu plano. Ela puxou papo com as Liars enquanto seus pais se despediam e colocaram a verdadeira Ali no banco de trás do carro e foram para a Preserve. 

Pronto: o plano de Courtney dera certo. Ela se despediu das meninas e foi para seu novo quarto. A partir daí, com exceção da passagem que Ali anuncia que sabe onde está a bandeira, no bicicletário da escola, tudo o que lemos nos livros sobre Ali é Courtney quem está protagonizando os acontecimentos.(Entenda melhor a troca das gêmeas com a análise do Diário de Ali)

A amizade com as Liars:


Claro que era bom demais pra ser verdade que Alison DiLaurentis estava conversando amigavelmente com as Liars. Ela jamais faria isso. As meninas ficaram amigas de Courtney.

A partir de agora vamos usar os nomes Courtney e Alison para que a história fique bem clara.

Courtney tinha problemas mentais mas era muito inteligente. Seu plano foi executado perfeitamente e ela personificou a irmã de uma maneira tão convincente que ninguém foi capaz de desmascará-la. Ela não escolheu as meninas ao acaso. Ela sabia que Naomi e Riley a desmascarariam assim que a vissem. Por isso, ela escolheu quatro meninas desconhecidas e nada populares que fariam qualquer coisas por ela e a protegeriam. 

No dia seguinte ao encontro com as meninas no quintal, não se falava em outra coisa na escola a não ser que Alison tinha quatro novas amigas e rompera, sem motivo algum, com Naomi e Riley.

Courtney precisava garantir que nunca seria abandonada pelas quatro amigas e soube manipulá-las da melhor maneira possível. As Liars demoraram para perceber, ou melhor, só foram perceber após o corpo de Courtney ser encontrado, que ela sabia de todos os segredos delas, enquanto elas não sabiam nada sobre ela. Essa foi a maneira que Courtney encontrou para manter as rédeas sobre as meninas e seguir com seu plano, relatando tudo o que sabia em seu diário.

Sobre Aria, Courtney sabia que Byron traia Ella com uma de suas alunas, Meredith. Sobre Emily, sabia que ela tinha uma queda por meninas e a beijou. Sabia do envolvimento de Spencer com Ian e da bulimia de Hanna. 

Courtney constantemente provocava as meninas com comentários que as deixavam atormentadas. Nenhuma delas entendia as indiretas de Courtney, apenas cada uma das meninas. Nenhuma delas tinha coragem de censurá-la ou enfrentá-la para que parasse com as brincadeiras. Além do medo de que Courtney contasse o que sabia, elas estavam envolvidas na Jenna Thing, o evento traumático que cegou Jenna e que Courtney definiu como o segredo que as manteria unidas para sempre. E nenhuma delas queria voltar para o anonimato.

A única que teve coragem de enfrentar Courtney foi Spencer. Durante a festa do pijama, quando Courtney tentou hipnotizar as meninas, Spencer se recusou a ficar totalmente no escuro e com as cortinas fechadas, apenas a luz de velas. Ela e Courtney começaram a discutir e foram para fora do celeiro. Spencer empurrou Courtney e as duas começaram uma discussão com Courtney dizendo que Spencer não era sua amiga e que Ian só tinha a beijado porque ela mandou, como prova de amor. Após ser empurrada, Courtney disse que amigas não empurravam amigas.

Por causa dessa briga, Spencer passou boa parte dos livros achando que era a responsável pela morte da amiga. Ela sofria de perda de memória e esse fato ficou bloqueado em sua mente por um longo tempo.

Quem sabia sobre Courtney?

Jason, Melissa, Jenna e Wilden sabiam sobre as gêmeas. Nos livros, não fica explícito se Jason realmente sabia sobre a troca das irmãs. Frequentemente ele visitava Courtney no Radley e durante o rápido envolvimento que teve com Melissa, ela tomou conhecimento das gêmeas. 

Wilden sabia porque era o melhor amigo de Jason na época da escola. Ian flagrou as irmãs conversando na floresta e contou para Spencer. Jenna era vizinha dos DiLaurentis e conheceu Courtney. Inclusive, em uma das fotos que -A enviou para Spencer, aparecia Alison, Jenna e uma menina loira brincando no quintal. 

Quando Alison assumiu o lugar de Mona como -A, ela tratou de silenciar todos que sabiam da existência das gêmeas. Ian e Jenna foram assassinados e Melissa iria ser morta junto com as Liars no incêndio na cabana em Poconos.

A sra. DiLaurentis aparenta desconfiar que Courtney pudesse ter aprontado alguma coisa e estivesse envolvida no sumiço de Ali. Após a festa no celeiro, ela pergunta para as meninas se Ali estava sendo perturbada por alguém ou tinha feito algum comentário sobre alguma pessoa que lhe pudesse fazer mal. Ela também proíbe Hanna de entrar no quarto de Ali após o desaparecimento da filha. Embora se comporte de maneira que de a entender que sabe do que Courtney seria capaz, nada fica confirmado.

A verdade por trás de Ali matou Ali:

Quando recebeu a mensagem do além, Aria concluiu que Ali tinha se matado. Era a única explicação para as palavras que Esmeralda escrevera no papel durante o momento que estava em transe no quintal dos DiLaurentis. 

No livro #8, quando as meninas analisam melhor as fotos polaroid que tiraram no celeiro durante a festa do pijama, uma pessoa loira as espiava pela janela. Naquela época Courtney estava aflita porque Alison estava em casa e ela sabia que seria desmascarada. 

Alison matou Courtney e a jogou no quintal da própria casa. Era Alison que aparecia na foto espiando as meninas e a tal loira que Ian viu na floresta. 

Foi no Dia do Trabalho que Courtney morreu. Nos EUA, a data é comemorada na primeira segunda- feira de setembro.

Alison aproveitou a morte de Mona e assumiu a identidade de -A. As mensagens que enviava davam pistas sobre a existência das gêmeas, mas essa possibilidade nunca passou pela cabeça das meninas até a família DiLaurentis xocar a todos anunciando a existência de uma outra filha, após Billy Forbes ser preso como o assassino de Alison.

Conclusão:

Courtney realmente morreu e Alison é o segundo -A. Após incendiar a cabana em Poconos, as meninas acreditam que ela morreu queimada. A polícia afirma que seria impossível alguém escapar com vida daquele incêndio. O corpo de Ali nunca foi encontrado. 

Após o incidente em Poconos, várias pessoas afirmam ter visto Ali em diferentes lugares. As próprias Liars são pegas de surpresa quando se deparam com uma menina loira e cheia de marcas de queimaduras pelo corpo na Jamaica, chamada Tabitha. 

O 12º livro da saga, Burned, saiu essa semana nos Estados Unidos e, segundo especulações, Ali poderia retornar. Caso seja verdade, faço um post especial.

Na série:

Assim como nos livros, tudo o que sabemos sobre Ali é através de flashbacks. Até agora, não foi confirmado que existem as gêmeas mas tivemos várias pistas que indicam que veremos as irmãs na série. 

Também sabemos que Ali guardava muitos segredos e tinha uma vida secreta, a ponto de criar um alter ego para manter tudo no mais absoluto sigilo. Para nossa surpresa, ela foi a primeira vítima de -A e na pele de Vivian Darkbloom passou seus últimos dias atrás do autor das ameaças que vinha recebendo.

Ela desapareceu durante a festa do pijama e as semelhanças desse mistério param por aí. A série incrementou a secreta vida de Ali com novos personagens e aumentou o número de pessoas com quem ela estava envolvida. Nos dois especiais de Haloween fomos bombardeados com pistas que indicam que Courtney existe e que Ali pode estar viva. Além das aparições para as meninas, a mão que brotou da terra no quintal dos DiLaurentis nos fez ter certeza que, seja quem foi dada morta, não estava tão morta assim.

Nos livros, as meninas se decepcionam com Ali a medida que descobrem que eram manipuladas pela amiga e não morrem de amores por ela. Na série, as meninas parecem gostar de Ali, apesar de saberem que ela escondia muitos segredos.